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No Dia Mundial do Rádio, Centro de Memória Bunge resgata história do rádio no Brasil

02 de novembro de 2021

Acervo conta com mais de 1,5 milhão de documentos que narram mais de 100 anos de história.

São Paulo, 11 de fevereiro de 2021 – Os primeiros passos para a descoberta da rádio começaram a ser dados em 1863, quando em Cambridge – Inglaterra, James Clerck Maxwell demonstrou teoricamente a provável existência das ondas eletromagnéticas. Mas foi no fim do século XIX que surgiu o primeiro aparelho de rádio no mundo, criado pelo físico e inventor italiano Guglielmo Marconi, e desde então são mais de 100 anos de história do primeiro veículo de comunicação em massa criado. 

No Brasil, a primeira transmissão aconteceu no dia 7 de setembro de 1922 para comemorar o centenário da independência. E celebrando o Dia Mundial do Rádio, que é comemorado em 13 de fevereiro, o Centro de Memória Bunge, relembra a história que começou com um discurso festivo do então presidente Epitácio Pessoa. A transmissão ocorreu simultaneamente à abertura de uma exposição internacional e foi transmitido por meio de uma antena instalada no morro do Corcovado alcançando as cidades fluminenses de Niterói, Petrópolis e São Paulo. Na ocasião, apenas 80 receptores acompanharam a transmissão experimental, que teve ainda música clássica - incluindo a ópera O Guarani, de Carlos Gomes, durante toda a abertura da exposição.

No entanto, a rádio só começou a operar, em 30 de abril de 1923, com um transmissor doado pela Casa Pekan, de Buenos Aires, instalado na Escola Politécnica, na então capital federal. Durante o período o rádio funcionou como um meio de comunicação experimental. Mas em 1932, o então presidente da República, Getúlio Vargas, assinou um decreto que autorizava as emissoras e terem 10% de sua programação dedicada à publicidade. Essa mudança expandiu o sistema de radiodifusão no país, iniciando a era do rádio comercial.

Entre os mais de 1,5 milhão de itens do acervo do Centro de Memória Bunge, estão preservados áudios históricos de campanhas publicitárias, comerciais nas vozes de Dolores Duran, Dircinha Batista, Elizeth Cardoso e Linda Batista, quatro das principais cantoras e compositoras entre as décadas de 1930 e 1960, consideradas as “Rainhas do Rádio”, uma marchinha de carnaval criada para vender sabão, composta por Miguel Gustavo, famoso compositor de jingles da década de 50, e ainda um áudio que narra as principais mudanças que o mundo sofreu durante o século XX. Um passeio pela história acompanhado de uma trilha musical.