São Paulo, 08 de fevereiro de 2020 – Desde 2015, a partir de uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), comemora-se o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência em 11 de fevereiro. A data, hoje ainda mais representativa no contexto pandêmico, busca incentivar meninas e mulheres a seguirem carreiras científicas, além de homenagear aquelas que já atuam na área, superando preconceitos e estereótipos de gênero.
Há 65 anos, o Prêmio Fundação Bunge reconhece profissionais que contribuem para o desenvolvimento da cultura e das ciências no Brasil, além de estimular novos talentos. Entre as mulheres em atuação na área, a premiação homenageou, em 1992, Rosana Puccia, na área de Ciências Biológicas, Ecológicas e da Saúde, na categoria Juventude.
Estudiosa de endemias brasileiras, Rosana teve trabalhos reconhecidos sobre a blastomicose sul-americana (micose que lesiona vias respiratórias, mais frequente em pessoas do sexo masculino de zonas rurais no centro-sul do País) e sobre a paracoccidioidomicose, micose que atinge pessoas em várias regiões do País.
Em 2004, foi a vez de Anamaria Aranha Camargo ser honrada na mesma área e categoria, por sua atuação em Genética. Bióloga, adquiriu reconhecimento cedo. Um de seus trabalhos de graduação na faculdade de Ciências Biológicas, da Universidade de São Paulo (USP), gerou cinco artigos publicados em revistas internacionais. Participou da coordenação do Projeto de Sequenciamento do Genoma da bactéria Xylella fastidiosa, praga dos laranjais, no ano 2000, e do Projeto Genoma do Câncer Humano.
Em virtude da pandemia da Covid-19 e das recomendações de isolamento social, a 65ª edição do tradicional Prêmio, que aconteceria em 2020, foi adiada para este ano e a premiação homenageia quatro personalidades nas áreas de Ciências Agrárias, com o tema “Impactos das Mudanças Climáticas na Produção de Alimentos” e Ciências Biológicas, Ecológicas e da Saúde, com “Prevenção de Doenças Infecciosas”.
As quatro indicações – duas na categoria Juventude e duas em Vida e Obra – também serão feitas neste ano pelas principais universidades e entidades científicas do Brasil. As indicações serão avaliadas por Comissões Técnicas formadas por especialistas em cada área de premiação.