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Prêmio Fundação Bunge

CELEBRANDO PESSOAS QUE CONSTROEM O CONHECIMENTO

Desde 1955, um dos mais importantes reconhecimentos de mérito científico, literário e artístico do País.

Primeira iniciativa da Fundação Bunge, o Prêmio Fundação Bunge foi criado como forma de incentivo à inovação e à disseminação do conhecimento no Brasil. É concedido anualmente a personalidades de destaque na ciências em duas categorias:

  • Vida e Obra:
    homenagem à obra consolidada de indivíduos que já se tornaram referências em suas áreas.
  • Juventude:
    premiação de jovens talentos com até 35 anos de idade.

Enfatizando o aspecto de reconhecimento pelos pares, os candidatos ao Prêmio Fundação Bunge não se inscrevem para concorrer. A cada ano, eles são indicados espontaneamente por dirigentes de universidades e de algumas das principais entidades científicas do País; a partir das indicações, Comissões Técnicas compostas por especialistas nas áreas de premiação elegem os homenageados.

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Lissandra Amorim Santos

Lissandra Amorim Santos

Área:Juventude

Tema:Conhecimentos e Estratégias Contra a Fome

Ano: 2023

Prêmio: Prêmio Fundação Bunge

Síntese:

A curiosidade e o gosto pelo ambiente acadêmico levaram Lissandra Amorim Santos à pesquisa. Em 2008, durante o curso de nutrição na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador, sua cidade natal, iniciou um estágio extracurricular trabalhando com mães no período de aleitamento. Ali começava a ganhar corpo o seu objeto de estudo, que passaria pela nutrição materno-infantil, evoluiria para a nutrição e saúde da mulher e a relação com a desigualdade de gênero. 

 

Essa produção que joga luz sobre a condição feminina e sua conexão com a insegurança alimentar valeram à Lissandra o Prêmio Fundação Bunge, na categoria Juventude, para pesquisadores de até 35 anos, no tema Conhecimentos e Estratégias Contra a Fome. “O prêmio é um reconhecimento da minha trajetória como pesquisadora. E, acima de tudo, é um alento para as mulheres que estão em um momento de fortalecimento e também uma forma de ampliar o alcance dessa luta”, diz a pesquisadora que atualmente é cientista do Centro Internacional de Equidade em Saúde, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e membro da Rede Latino-Americana Interdisciplinar de Gênero (LAIGN/Yale MacMillan Center), subgrupo de Gênero, Economia, Pobreza e Saúde.

 

Pode-se dizer que a experiência de campo foi moldando os rumos de Lissandra. O trabalho clínico em consultório e hospitais, somado à atuação em comunidades carentes enriqueceram e alargaram seu campo de atuação durante sua graduação e mestrado na UFBA. Em Salvador, por exemplo, realizou um trabalho social junto à comunidade Nova Brasília com 100 famílias carentes – 95 delas chefiadas por mulheres. Depois, quando já havia se mudado para o Rio de Janeiro para cursar o doutorado em Ciências Nutricionais pela Instituto de Nutrição Josué de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (INJC/UFRJ), participava ativamente de uma campanha de incentivo ao aleitamento materno. 

 

No contato direto com as mães, investigando o que comiam, percebeu um padrão que se repetia com muitas delas: estavam bem alimentadas antes do parto e depois dele, nos primeiros meses de vida do bebê, a qualidade de sua dieta havia se deteriorado, impactando tanto a amamentação e a saúde do bebê, e a delas próprias. “Muitas dessas mulheres tinham se separado e então eram obrigadas a economizar na comida. O arroz, feijão e carne eram substituídos por macarrão e salsicha, por exemplo. Outras, porém, continuavam casadas, mas já não precisavam comer por ‘dois’ como na gravidez, e perdiam à preferência à mesa para o marido, o ‘provedor da casa quer precisa se alimentar bem’”, recorda.

 

Tais descobertas mostraram à Lissandra que era preciso modificar o foco de sua tese. “Comecei o doutorado mirando o consumo alimentar da mulher e sua consequência na saúde da criança. Mas comecei a ver que esse consumo no Brasil era determinado por outros fatores que não só a vontade dela, a fome dela. E fui por um novo caminho”. 

 

Lissandra, que fez parte do seu doutorado, na modalidade sanduiche, na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, resolveu investigar como a desigualdade de gênero se relaciona com a insegurança alimentar. Trabalhou com os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2004 e 2013 e da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) de 2018. E constatou um mesmo padrão: nos três levantamentos os domicílios chefiados por homem tinham prevalência de segurança alimentar em detrimento dos domicílios chefiados por mulheres, que tinham maior insegurança alimentar, inclusive do tipo grave, quando se experimenta a fome.

 

Quando os dados foram estratificados por cor, o resultado mostra que o homem branco é o que está mais protegido da insegurança alimentar. E que as mulheres pardas e negras são as mais vulneráveis. Outra surpresa surgiu quando o recorte levou em conta as regiões do país: a insegurança alimentar moderada/grave é mais associada aos domicílios chefiados pelas mulheres negras em todas as regiões do país. Porém, no Sudeste, é mais elevada quando comparada às demais regiões para a mulher parda; enquanto na região sul é mais elevada para a mulher preta. “Está claro que precisamos fazer algo agora para melhorar a saúde, o acesso ao alimento saudável, principalmente para as mulheres mais vulneráveis, e atuar na educação de meninos e meninas para que não reproduzam um padrão de desigualdade de gênero”, sugere.

 

Outro achado de Lissandra foi que as mudanças políticas e econômicas no Brasil a partir de 2016 intensificaram a insegurança alimentar no país, principalmente, para o grupo mais vulnerável: as famílias chefiadas por mulheres negras. O mesmo ocorreu durante a pandemia de Covid-19, quando as mulheres negras foram o grupo mais afetado pela redução da renda e, consequentemente, ainda mais atingido pela insegurança alimentar. 

 

“Com isso vemos quem sempre é o grupo mais vulnerável e para quem precisamos direcionar o nosso olhar. Muitas vezes a mulher não tem o apoio da família, então precisamos do apoio do Estado, para quebrar o ciclo da pobreza”, afirma.

Fernando Shintate Galindo

Fernando Shintate Galindo

Área:Juventude

Tema:Soluções baseadas na natureza para agricultura sustentável e inclusiva

Ano: 2023

Prêmio: Prêmio Fundação Bunge

Síntese:

Fernando Shintate Galindo era do tipo que sempre voltava sujo da escola. Adorava mexer com terra, abrir buracos no parquinho, cutucar plantas. Ficou fascinado ao ver que um grão de feijão germinava dali uns dias, depois que era colocado sobre o algodão umedecido — aquele experimento que toda criança aprende na escola. Desde muito cedo ficou claro que o seu futuro estaria ligado irremediavelmente à terra, às plantas. O entorno se encarregou do resto.


Caçula “raspa de tacho” de três irmãos, nascido em Ilha Solteira, no interior de São Paulo, cidade que gravita em torno de uma unidade da Universidade Estadual Paulista (Unesp), ele sabia que um dia estudaria naquele campus como o irmão mais velho, que admirava. Só que, em vez da engenharia elétrica como o mano, optou pela agronomia. Ingressou na graduação em 2009. A paixão virou amor durante o curso, dedicação que foi crescendo ao longo do mestrado e do doutorado. Uma trajetória de 13 anos de pesquisa que acaba de ser reconhecida. 


Galindo foi agraciado com o Prêmio Fundação Bunge, na categoria Juventude, para pesquisadores de até 35 anos, na área “Soluções baseadas na natureza para agricultura sustentável e inclusiva”. O reconhecimento vem pelos seus estudos sobre o uso eficiente de fertilizantes, manejo sustentável de nutrientes e fitotecnia de culturas de grande escala, como soja, milho, cana-de-açúcar, entre outras. “Vejo o Prêmio como uma coroação das escolhas que fiz. Cheguei a flertar com a desistência por conta de dificuldades em alguns momentos. Mas sempre tive a convicção de que essa era a trajetória que queria seguir”, explica o pesquisador que é mestre e doutor em agronomia pela Faculdade de Engenharia da Unesp, em Ilha Solteira, e que no doutorado fez um período sanduíche no Southwest and Outreach Center Research (SWROC), do College of Food, Agricultural and Natural Resources Sciences, da Universidade de Minnesota. 


O jovem cientista é ainda pós-doutor pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA), da Universidade de São Paulo (USP), e especialista em solo e nutrição de plantas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP). 


O que orientou as pesquisas de Galindo é uma necessidade global: o aumento da produção de alimentos. “Estimativas apontam que daqui a 30 anos teremos pelo menos mais 2 bilhões de pessoas no planeta. Para suprir essa demanda temos de aumentar em cerca de 70% a produção de comida. E fazer isso de forma sustentável, sem ter à disposição novas áreas para exploração agrícola, é um desafio tremendo”, avalia.


Os estudos de Galindo giram em torno de bactérias que promovem o crescimento das plantas, um campo de pesquisa – a microbiologia e bioinsumos – em que o Brasil é pioneiro e que tem como referência cientistas como a agrônoma Mariângela Hungria da Cunha, agraciada com o Prêmio Fundação Bunge 2022, na categoria Vida e Obra. “De certa forma, a minha pesquisa complementa o trabalho desses grandes pesquisadores ao focar na aplicabilidade de microrganismos nas grandes culturas”, explica.


De maneira resumida, as bactérias que atuam alimentando as lavouras permitem usar de forma mais eficiente nutrientes, como fertilizantes. Além de selecionar as bactérias que proporcionam esse ganho, o esforço de Galindo foi determinar a redução do uso de fertilizantes em culturas agrícolas que são cultivadas em larga escala como soja, milho, cana-de-açúcar e trigo que receberam a aplicação dos microrganismos. 


Os resultados desses trabalhos mostraram que em lavouras de milho, por exemplo, é possível reduzir em até 25% o uso de adubos nitrogenados com o uso desses microrganismos. Em termos financeiros, essa redução significa cerca de R$ 190 reais por hectare de economia para o produtor rural. Como o Brasil produz 22.000.000 hectares de milho, aproximadamente, o uso dessa tecnologia pelos agricultores brasileiros tem potencial de reduzir os custos de produção em R$ 4 bilhões por ano. 


Engana-se quem pensa, porém, que o uso desses microrganismos na produção agrícola só pode ser feito por grandes produtores rurais. Segundo Galindo, a facilidade da aplicação no campo permite que qualquer escala de produtor se beneficie dessa solução da natureza, já que os microrganismos podem ser misturados nas próprias sementes no momento do plantio ou até mesmo serem aplicados nas lavouras durante as pulverizações com defensivos agrícolas. 


Outro ponto importante levantado pelo jovem cientista brasileiro é a dependência internacional do Brasil por fertilizantes químicos, o que traz impactos em momentos de tensão internacional. “O Brasil é extremamente dependente de fertilizantes. Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, o preço desse produto foi às alturas. Neste cenário, o produtor rural precisou, de fato, reduzir o uso de fertilizantes químicos, o que trouxe uma grande relevância para as tecnologias baseadas na natureza”, explica. 


Além das questões econômicas, a vantagem está também no caráter sustentável da tecnologia do ponto de vista ambiental. O uso excessivo de fertilizante é extremamente prejudicial à natureza pelo risco de contaminação dos lençóis freáticos e pela produção de gases do efeito estufa.


“O principal é que se trata de uma solução baseada na natureza. A bactéria melhora a absorção e a captura do nutriente, minimizando as perdas e o impacto ambiental, ao mesmo tempo em que promove o crescimento da planta, gerando um ganho de produtividade”, diz ele, que atualmente é professor assistente doutor do Departamento de Produção Vegetal, da Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas da Unesp, em Dracena (SP).

Adalberto Luis Val

Adalberto Luis Val

Área:Vida e Obra

Tema:Soluções baseadas na natureza para agricultura sustentável e inclusiva

Ano: 2023

Prêmio: Prêmio Fundação Bunge

Síntese:

Referência mundial no estudo da fisiologia dos peixes amazônicos, o biólogo Adalberto Luis Val, 67 anos, foi agraciado com o Prêmio Fundação Bunge 2023, na categoria Vida e Obra, cuja temática nesta edição tratou das Soluções Baseadas na Natureza para Agricultura Sustentável e Inclusiva. Com pós-doutorado pela Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, ele é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) há mais de 40 anos, instituição que dirigiu entre 2006 e 2014, e que ajudou a transformar em um dos principais polos de produção de conhecimento sobre a Amazônia e sobre biologia tropical. O trabalho científico de Luis Val percorre diversos caminhos a partir do estudo das adaptações biológicas dos peixes às mudanças ambientais, tanto as que acontecem naturalmente nos rios da Amazônia, quanto as que são consequência da ação do homem, passando pelo estabelecimento de indicadores de qualidade ambiental, uso sustentável de recursos naturais e ecotoxilogia.


Nascido em Campinas, no interior paulista, ele passou a infância numa fazenda de café onde o pai trabalhava como escriturário e a mãe nos serviços gerais. O garoto ajudava na roça, na ordenha das vacas e a grande diversão era pescar, o que fazia todos os domingos. Tão religiosa quanto a pescaria eram as aulas numa escola local, que a mãe não deixava o filho perder de jeito nenhum. O gosto por peixes, Luis Val admite, nasceu das pescarias, assim como o entendimento da importância do estudo ele deve ao rigor materno.


Trocou a escola da fazenda pelas aulas em Campinas para cursar, na época, o ginásio, e depois o colegial, do qual saiu com o título de técnico em bioquímica. Com o canudo debaixo do braço conseguiu trabalho em um laboratório da Universidade Federal de São Carlos, cujo objeto de estudo era a respiração dos peixes, tema que sempre lhe interessou.


Ali, a efervescência acadêmica e a convivência com professores como José Galizia Tundisi, uma das maiores autoridades em recursos hídricos do mundo e também agraciado com Prêmio Fundação Bunge, foi determinante em sua escolha profissional. Nessa época, vivia correndo entre o trabalho em São Carlos e as aulas de graduação em biologia, na cidade vizinha de Ribeirão Preto. As horas vagas eram todas dedicadas ao namoro com Vera Maria Almeida, estudante da Federal de São Carlos, com quem se casaria.


A paixão por Vera deu o empurrão definitivo na trajetória de Luis Val. Em 1979, ela foi convidada pelo professor Tundisi para acompanha-lo na implantação de um projeto no INPA, em Manaus. Luis Val pediu demissão do emprego em São Carlos para seguir com a namorada. Logo depois, a convite de Tundisi, ele também se juntava à equipe e ajudaria a montar o laboratório de estudos sobre peixes do INPA. O casal se estabeleceria definitivamente em Manaus a partir de 1981 e no INPA ambos desenvolveram uma parceria de estudos e pesquisas afins e complementares – ele dedicado à parte fisiológica dos peixes e ela à genética. “Trabalhamos juntos esse tempo todo, de maneira que o prêmio da Fundação Bunge é também um reconhecimento à Vera”, considera Luis Val. 


Um dos primeiros estudos desenvolvidos por ele no INPA foi sobre o jaraqui, peixe amazônico mais consumido na região, espécie que atravessa o rio Negro em cardumes de até 15 mil indivíduos para se reproduzir no encontro das águas do Negro com o rio Solimões. O que sempre intrigou Luis Val e atiçava a sua curiosidade de pesquisador era a respiração aérea de alguns peixes amazônicos. São espécies que não respiram pelas brânquias, mas são capazes de usar diretamente o oxigênio da atmosfera, como o tucunaré. “Queria saber como esses peixes não morrem afogados”, lembra. Suas pesquisas foram pioneiras ao descrever como se processam as trocas gasosas dessas espécies.


Ele percebeu também que boa parte da água dos rios, lagos e igarapés amazônicos, é pobre em oxigênio, o que levou diversas espécies a criar mecanismos de adaptação a tal condição. Sua tese de doutorado descreve a estratégia encontrada pelo tambaqui. Quando enfrenta um ambiente de baixo oxigênio, esse peixe desenvolve lábios longos em cerca de duas horas. A adaptação fisiológica permite que a espécie capture o oxigênio presente na lâmina mais superficial da coluna d´água, onde é mais abundante.


“A Amazônia e os seres que nela vivem são o resultado de adaptações e modificações genéticas que somam 65 milhões de anos de evolução, desde que os Andes começaram a se levantar. É uma história de tectonismo e de mudanças”, diz. “A questão é que a ação do homem está modificando muito rapidamente o bioma. Os peixes amazônicos, por exemplo, conseguiram desenvolver aptidões para viver em temperaturas mais altas. Mas um pequeno aumento dessa temperatura vai afetá-los profundamente, porque já estão no limite, não conseguiriam sobreviver”, explica. 


Ele lembra que os peixes representam 90% ou mais de toda a proteína consumida pela população local, são a base da sua alimentação. Uma diminuição na disponibilidade de peixes representa um “enorme perigo para a segurança alimentar da Amazônia”, alerta.


O impacto das mudanças climáticas é uma linha de pesquisa à qual vem se dedicando como coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Adaptações da Biota Aquática da Amazônia (INCT-ADAPTA), centro de estudos ligado ao INPA. No ADAPTA foram criadas salas de pesquisa que reproduzem condições climáticas projetadas para o ano 2100. Nelas se estuda como peixes, insetos e vegetais da região enfrentam e são impactados por tais condições ambientais.


Luis Val tem dois filhos também cientistas e que têm a região como objeto de estudo. Fernando, o mais velho, fisioterapeuta, se dedica às doenças tropicais e Pedro, geólogo, às mudanças tectônicas. Há também outros filhos, muitos, dos quais Luis Val tem o maior orgulho. São os mais de 120 estudantes que já orientou em nível de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. “Acho que esse é o maior legado: formar gente capaz de produzir e ampliar informação científica”, avalia. “A gente só avança nos processos de melhoria da qualidade de vida local se tivermos profissionais qualificados”. É ponto pacífico que com o seu trabalho científico, aliado ao de formação de novos pesquisadores, Luiz Val deu uma contribuição decisiva para a produção de conhecimento sobre a Amazônia, ajudando a fixar pesquisadores na região.


Membro da Academia Mundial de Ciências (TWAS) e vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luis Val contabiliza mais de 210 artigos em publicações científicas no Brasil e no exterior. É co-autor dos livros Fishes of the Amazon and their Environment (Springer Velag) e Physiology of Tropical Fishes (Academic Press). Em 2002, recebeu a Comanda da Ordem Nacional do Mérito Científico e o Prêmio Excelência da American Fisheries Society, em 2004. Em 2013, foi admitido na classe Grã-Cruz da |Ordem Nacional do Mérito Científico e, em 2016, recebeu o Prêmio Anísio Teixeira, concedido pela CAPES/MEC.